Pesquisa divulgada pela CDL Petrópolis aponta que 14 bilhões de reais serão injetados na economia na segunda melhor data do ano para o varejo, mas a palavra de ordem é economizar.
Segunda data comemorativa mais importante para o varejo nacional tanto em volume de vendas como em faturamento, o Dia das Mães de 2017 deve fazer com o que sete em cada dez (73%) brasileiros realizem pelo menos uma compra no período. Os dados são de uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais. Embora o percentual de consumidores que devem ir às compras seja elevado, a maior parte dos compradores está receosa para aumentar gastos na comparação com o ano passado, procurando manter o orçamento livre de dívidas. Apenas 10% desses consumidores disseram que têm a intenção de desembolsar mais com os presentes. A maior parte (38%) planeja gastar a mesma quantia que em 2016, enquanto 27% pensam em diminuir. Os consumidores que não vão comprar presentes representam 25% da amostra e os indecisos são 2%.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, Luiz Felipe Caetano da Silva e Souza, ressalta a importância dessa data para o varejo.
– Essa pesquisa estima que, aproximadamente, 109 milhões de consumidores devem presentear nesse dia das mães e aponta uma injeção de quase 14 bilhões de reais nos setores de comércio e serviços. É um segundo natal e nesse cenário de crise, constatar que 70% dos brasileiros vão às compras traz certo ânimo ao empresariado, mesmo sabendo que a maioria não vai gastar mais do que no passado – afirma Luiz Felipe.
A necessidade de economizar é a razão mais mencionada por aqueles que pretendem gastar menos no Dia das Mães, citado por 46% desses entrevistados. Outras justificativas são dificuldades financeiras (29%), o cenário econômico instável e aumento da inflação (23%) e o endividamento (14%). Dentre a minoria, que pretende aumentar os gastos com presentes, o desejo de comprar um produto melhor (43%) e o encarecimento dos presentes (40%) são os mais mencionados. Apenas 20% disseram que vão gastar mais porque tiveram melhoria na renda.
O pagamento a vista será o meio mais utilizado pelos consumidores, citado por 65% da amostra, sendo que em 58% dos casos o pagamento será em dinheiro e em 6%, no cartão de débito. O cartão de crédito será usado por 23% dos entrevistados, seja em parcela única (7%), em várias parcelas (14%) ou no cartão de loja (2%). Entre os que dividirão as compras, a média é de quatro prestações por entrevistado.
Considerando a soma de todos os presentes adquiridos, o gasto médio do brasileiro no Dia das Mães deve girar em torno de R$ 127, sendo que entre os indivíduos da classe C esse valor cai para R$ 112. Mais da metade (52%), contudo, não sabe o quanto irá gastar com os presentes, o que evidencia o comportamento cauteloso do consumidor.
Neste ano, os produtos mais procurados serão as roupas (26%), perfumes (20%), calçados (11%), cosméticos (8%) e flores ou chocolates (7%). Produtos com ticket médio mais elevado, como eletrodomésticos e smartphones, tiveram apenas 5% e 3%, respectivamente, das preferências.
A pesquisa foi realizada pelo SPC Brasil e pela CNDL no âmbito do ‘Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo’ em parceria com o Sebrae. Foram ouvidos, pessoalmente, 849 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país. Para avaliar o perfil de compra, foram considerados 600 casos da amostra inicial que têm a intenção de comprar presentes. A margem de erro dessa amostra é de no máximo 4,0 pontos percentuais e a margem de confiança é de 95%.