Crescimento tímido do comércio em 2020 mostra dificuldades do ano

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 10 de fevereiro, que as vendas do comércio varejista fecharam 2020 com crescimento de 1,2% na comparação com 2019, a quarta alta consecutiva do setor. Ainda que os números sejam muito tímidos, especialmente porque as vendas do mês de dezembro, normalmente altas, apresentaram uma queda de 6,1%, comparado com o mês de novembro, o setor se destaca na comparação com a indústria e os serviços.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, Luiz Felipe Caetano da Silva e Souza, embora o natal de 2020 tenha sido muito difícil para o setor, o que impressiona e dá uma certa esperança é a capacidade de resistência do setor no ano atípico da pandemia.

– Esse resultado de crescimento, ainda que seja muito baixo, serve como alento porque 2020 foi muito complicado para o setor. Se considerarmos o desastre do mês de abril com mais de 17% de queda e o desempenho ruim em dezembro, chegar ao final do ano com esse crescimento de 1,2% é uma mostra muito clara de que o comércio varejista, tão afetado pelas medidas de restrição para combate à Covid-19, é um setor capaz de puxar a recuperação da economia brasileira – afirma Luiz Felipe.

 Para o presidente da CDL Petrópolis é muito importante agora o controle da pandemia através da vacinação em massa para que as atividades econômicas retornem à normalidade. Depois é preciso combater o desemprego que atingiu níveis preocupantes e outro fator que merece atenção é o combate à inadimplência nesse cenário de dificuldade econômica.

A importância do comércio varejista para a economia do país fica muito evidente quando se compara o desempenho das vendas do setor em 2020 com a performance da indústria que acumulou uma queda de 4,5%, segundo o próprio IBGE. Isso sem falar no setor de serviços, o mais afetado pela pandemia, mas cujo balanço anual ainda não foi divulgado.          A pesquisa do IBGE aponta ainda que todas os setores do comércio apresentaram queda em dezembro e que no chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos, peças e materiais de construção 2020 fechou em queda de 1,5%, o primeiro recuo anual em quatro anos.

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